Brincadeiras saudáveis, que não agridem ninguém nem física,
nem psicologicamente, são recomendadas no nosso dia a dia para dar leveza à
rotina, seja no trabalho, em casa, no relacionamento amoroso, com os amigos,
filhos e netos.
Quando o mês de abril se aproxima, com ele, a data de 1º de
Abril representa, além do início de um novo ciclo mensal, um dia destinado às
brincadeiras - o Dia da Mentira. Embora estejamos passando por um momento de
muito controle sobre as brincadeiras de mau gosto, as “pegadinhas” que não
fazem mal a ninguém devem ser praticadas por todos, de qualquer idade.
Mas, por que foi
instituída esta data como o Dia da Mentira?
A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX
(1560-1574). Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era comemorado em 25 de
março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e
animados bailes a noite, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em
1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para
todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o Ano Novo caía
em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em
1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou
a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores
começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do
calendário anterior, apelidados de "bobos de abril", presentes
estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a brincadeira
firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a
Inglaterra e daí para o mundo.
Box: Associadas
contam as suas histórias do Dia da Mentira
Irma Fernandes Lopes |
A aposentada Irma Fernandes Lopes, de 67 anos, participante
do Grupo da Terceira Idade da AAPIBR, contou para a reportagem do Aposentado em
Notícia uma peça que pregou em uma amiga: “Certa vez, liguei para uma amiga
convidando-a para um baile à fantasia, justo no dia 1º de Abril. Só que, na
verdade, o baile não era para ir fantasiado e essa minha amiga foi a única da
festa que foi com fantasia. Ela ficou muito brava comigo, mas consegui
acalmá-la e a acompanhei até a sua casa para ela se trocar. Depois, voltamos ao
baile e rimos da situação”.
Rosa Aparecida Silva Fernandes |
Quem contou uma história foi a associada Rosa Aparecida
Silva Fernandes, de 78 anos, também integrante do Grupo da Terceira Idade da
AAPIBR. “Há uns três anos, o meu filho mais velho, chegou em casa todo
assustado me perguntando: ‘Mãe, a senhora não sabe o que aconteceu, quase
atropelei um cavalo na estrada, agora mesmo!’. Eu disse a ele: ‘Mas, filho,
você nem saiu de casa, como isso aconteceu?’. Eu já estava muito nervosa e ele
continuou a sua história: ‘Mas um cachorro eu atropelei, mãe!’. Mas, depois ele
desmentiu tudo dizendo que era brincadeira”.
Fonte: Mundo Estranho – Editora Abril
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