quinta-feira, 2 de julho de 2015

A preparação para a aposentadoria

Idosos devem se preparar para a aposentadoria
Aposentar deveria ser um momento da vida de, além de descansar o corpo e a mente, aproveitar as delícias que a vida proporciona depois dos 60, 65 anos. No entanto, a situação dos aposentados no Brasil e no mundo não é nada animadora, considerando àqueles que dependem exclusivamente da Previdência Social para ter uma renda.


Em uma matéria veiculada recentemente pelo Jornal da Cidade de Bauru, no caderno Segunda-Feira, foi divulgada uma pesquisa internacional que realizou um levantamento no segmento da previdência social e aposentadoria em 15 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Índia, Japão, Polônia, Reino Unido e Turquia. Esta pesquisa analisou o nível de preparação da população de cada nação para a aposentadoria, em uma escala de 0 a 10 e a média global foi de 5,9, considerada pouca preparação. A liderança ficou com a Índia, com nota 7, índice considerado de média preparação.

Este foi o quarto ano da pesquisa, realizada pela Mongeral Aegon, e a segunda oportunidade em que o Brasil é incluído. Nos 15 países analisados, foram entrevistadas 16 mil pessoas, sendo 14,4 mil trabalhadores ativos e 1,6 mil aposentados. No nosso país, foram ouvidas 1 mil pessoas e a nota apresentada pelos brasileiros foi de 6,7, preparo médio para a aposentadoria.

Analisando este estudo, avalio que até mesmo os países altamente desenvolvidos também enfrentam dificuldades para manter o pagamento da aposentadoria aos seus idosos, com desequilíbrio nas contas previdenciárias. É o mesmo problema pelo qual passamos no Brasil há anos.

Tomo a liberdade para sugerir uma alteração constitucional que visa recuperar a defasagem nos benefícios dos aposentados. Para que todos beneficiários pudessem manter um poder aquisitivo com dignidade, sugiro que fosse institucionalizada uma contribuição de todos os aposentados em 11% para a Previdência Social, exceto àqueles que recebem o salário mínimo, nos mesmos moldes que os trabalhadores ativos contribuem, com o objetivo de recuperar as perdas salariais arrochadas pelo Fator Previdenciário.

Por exemplo, com esta regra, quando me aposentei em 1984 anos com 8,4 salários e que hoje, com a política de reajuste salarial, o valor do meu benefício não chega a quatro salários, se já fosse descontado diretamente do meu pagamento 11% referente à contribuição previdenciária, acredito que as contas da Previdência Social não estivessem tão desequilibradas e o cálculo dos salários se manteria no patamar real, sem sofrer desvalorização. Vejam se o salário dos políticos sofreu qualquer tipo de desvalorização nesses anos. Claro que não.

Mario da Paz Pereira, Presidente da Associação dos Aposentados de Bauru

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