O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população mundial, já fazem com que a doença de Alzheimer (D.A) seja muito frequente na terceira idade. No mundo todo, a doença já é responsável por 70% dos casos de demência, e a OMS aponta que até o ano de 2030, o índice de 35,6% de incidência dobre e possa triplicar até 2050, dados que reforçam a necessidade de atenção ao seu diagnóstico, prevenção e tratamento.
Como ocorrem e quais são os primeiros sintomas?
Os primeiros sintomas do Alzheimer surgem geralmente entre os 60 e 70 anos de idade do paciente, e o quadro que tende a se agravar, pode evoluir por 10 a 15 anos. Esses sintomas se caracterizam por esquecimentos, desorientação visual e espacial, perda de raciocínio lógico, e personalidade. Caracterizada pelo comprometimento cognitivo, a doença pode prejudicar a fala, o pensamento, a percepção e a memória.
O que é a doença de Alzheimer e quais as suas causas?
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo, causado por fatores genéticos e principalmente por envelhecimento, que por sua vez podem ocasionar o mau processamento de proteínas cerebrais e a perda progressiva de neurônios.
O transtorno é dividido em quatro etapas de evolução:
1. Inicial ou
leve
Apresenta lapsos de memória, como o esquecimento do nome de familiares, eventos recentes e compromissos. Fase em que as primeiras alterações psicocognitivas como na fala e personalidade passam a ocorrer. Perda de interesse por atividades cotidianas, ansiedade e depressão também são comuns. Podendo ser considerada apenas uma consequência da velhice, pede muita atenção de quem convive com o idoso, para o diagnóstico e início do tratamento
2. Moderado
As dificuldades cognitivas como a linguagem e a memória ficam mais acentuadas. Nesse estágio, atividades simples do dia a dia são difíceis ou impossíveis de serem executadas, e o idoso pode se perder ao sair de casa. Mudanças de humor, irritabilidade, alucinações e problemas no sono podem acontecer com frequência.
3. Grave
Ao atingir esta etapa de evolução, a pessoa acometida depende totalmente de um cuidador, e pode necessitar de cadeira de rodas. Incontinência urinária e fecal, comprometimento quase total da fala e dos movimentos locomotores, e não entendimento da realidade e do mundo ao seu redor são os principais agravantes.
4. Terminal
No estágio terminal, a doença de Alzheimer causa problemas alienantes, e o paciente precisa ficar acamado, além de poder sofrer de infecções constantes e precisar de alimentação por sonda. A morte celular e outras alterações nos tecidos cerebrais atingem o seu ápice.
Como é feita a prevenção e o tratamento do Alzheimer?
Especialistas observam que o tabagismo, a diabetes mellitus, a obesidade, o sedentarismo, doenças cardiovasculares e uma má alimentação são fatores de risco para transtornos neurodegenerativos, como a D.A.
Sua prevenção
pode ser resumida a manter corpo e mente ativos e saudáveis, com o estímulo de
exercícios físicos e mentais, e bons hábitos alimentares. As principais formas
de prevenir a doença são:
- Preservação de relações sociais saudáveis, vínculos afetivos e convivência familiar;
- Realização
constante de atividades intelectuais e estimulantes como testes, leitura,
terapias psicocognitivas e execuções ocupacionais;
- Adequação a rotinas de atividades físicas, preferencialmente aeróbica, apropriadas para a idade;
- Evitar e prevenir fatores de risco, como o álcool, tabagismo, diabetes e hipertensão.
A D.A não tem cura, mas pode ser tratada com medicamentos que agem nos sintomas e estabilizam as funções cognitivas do paciente, o permitindo viver sua rotina normalmente por mais tempo, e reabilitações psicocognitivas como terapia ocupacional e fisioterapia.
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