Atualmente muitas pessoas ainda
tem uma visão mistificada da terceira idade, com a ideia de que com o avançar
da idade, os idosos diminuem suas redes de relações sociais, tornando-se menos
satisfeitos com a vida. Embora muitos pensem que envelhecer significa deixar de
desenvolver-se, adoecer e afastar-se de tudo, na verdade, existem
possibilidades da pessoa continuar ativa e de manter uma boa qualidade de vida.
Enxergamos hoje um movimento muito
forte com relação aos espaços dedicados à terceira idade: Centros Dia, Centros
de Convivência, Centros de Referência, Universidades da Terceira Idade, entre
outros. Estes espaços promovem atividades em grupo direcionadas aos idosos, com
diferentes objetivos cada uma. Porém, a interação promovida nas atividades gera
um retorno extremamente significativo a cada um dos participantes. A interação
social gerada entre os idosos desenvolve o senso de bem-estar nos mesmos, assim
como a melhora no funcionamento físico. As redes sociais que se estabelecem com
o contato contínuo dos idosos podem ser fontes protetoras e mantenedoras de
saúde.
A vida social do idoso não se
resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à
boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como
um grupo religioso, por exemplo. Vale lembrar que a qualidade dos contatos
sociais é mais importante do que a quantidade. A capacidade de interação social
varia de pessoa para pessoa, por isso não significa que aquele que tenha menos
contatos possua uma qualidade de vida pior do que aquele que possui mais
contatos.
As relações sociais também
promovem o bem-estar mental na velhice. A ausência de convívio social pode
causar severos efeitos negativos na capacidade cognitiva geral, além de
depressão. As pessoas que estão em contato com as outras podem ser mais
inclinadas a ter hábitos saudáveis, a ajuda dada ou recebida contribui para o
aumento de um sentido de controle pessoal, tendo uma influência positiva no
bem-estar psicológico de cada um.
Entendemos, portanto, que a
interação social é um fator de proteção no envelhecimento ativo e saudável,
deve fazer parte do nosso curso de vida, assim, quando chegarmos na velhice não
nos sentiremos desamparados. Também devemos sempre lembrar a importância de
estabelecer novas relações, nos inserirmos em grupos e estarmos ativos em nossa
comunidade!
Texto por: Mariana Almeida –
Gerontóloga pela UFSCar, Vice Diretora Financeira da Associação Brasileira de
Gerontologia
Fonte: Eurofral (http://eurofral.com.br/a-importancia-das-relacoes-sociais-na-terceira-idade/)
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